quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Gerês - Trilho dos Prados

Trilho dos Prados


Percorrido em 10 e 11 Março de 2007

Caminheiros: Jorge Pereira, Jorge Rocha, Jorge Teixeira e Henrique.

Este percurso apresenta um grau de dificuldade elevada até à Chã da Fonte, ou seja, os primeiros 3,5 km. Daí a progressão é bastante simples: Prados do Conho até aos Prados da Messe.


Neste prado idilico optamos por pernoitar na cabana de pastores existente, a qual se apresenta em excelentes condições.

Daqui subimos ao Lombo do Burro, iniciando a descida em forte declive até aos Prados Caveiros, seguidos da Costa da Sabrosa.

Um percurso idílico
que pode ser feito num dia para quem estiver em boa forma.

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Freita - Caminhos do Sol Nascente

Efectuado em 10 de Fevereiro de 2007-02-11

Extensão: perto de 10 km

Após algumas peripécias do costume entre vai e não vai, decidimos, eu e o Jorge Teixeira, avançar sozinhos para o percurso. Algumas dúvidas nos assaltaram quando na véspera o tempo se apresentou extremamente chuvoso e com ventos bastante fortes. A perspectiva não era muito animadora. Porém, por vezes a sorte protege os audazes e no dia da caminhada esteve um tempo muito bom durante todo o percurso.
A partida foi dada junto à igreja paroquial de Moldes às 9:30h. O sol da manhã emprestava uma tonalidade aveludada ao verde dos campos em redor da localidade. Ao longe, no cimo das montanhas, os aerogeradores giravam ininterruptamente na sua interminável vigília. No início do percurso duas setas de sinalização davam-nos a hipótese de avançar no sentido horário, via Friães, ou no sentido anti-horário, via Bustelo. Optamos, pois, pelo errado, ou seja pelo sentido horário. Por este sentido a caminhada é bastante violenta, apresentando várias subidas muito íngremes e quase sem descidas. Obviamente se tivéssemos optado pelo contrário desceríamos muito em vez de subir.
Avançamos, pois, em direcção a Friães, determinados em encontrar lá um café para aquecer. Não encontramos. Esta situação viria a repetir-se em todas as aldeias onde passamos. É o verdadeiro Portugal rural. Este percurso, constatamos posteriormente, é essencialmente rural, ao contrário do que esperávamos. As nossas expectativas iam de encontro a um passeio verdadeiramente natural, agreste, cheio de ravinas e penedos altaneiros, tão típicos na Serra da Freita. Porém não ficamos desiludidos pois o país rural tem uma beleza que lhe é muito própria e digno de visitar.
Passadas Friães e Póvoa encontramos uma situação digna de nota. Ao chegarmos ao extremo de um vale cultivado, após o termos contornado, deparou-se-nos uma linha de água que deveria ser atravessada. Existe lá uma ponte de pedra que desde tempos imemoriais tem permitido a travessia das populações de Póvoa para os campos. Com as chuvadas do final de 2006 esta ruiu parcialmente. O Jorge Teixeira foi o mais corajoso e avançou em primeiro lugar. É que aquilo não tinha lá grande aspecto… Uma velhota que estava no local disse que agora fazem uma volta enorme para ir para Póvoa.
Avançamos por estrada de alcatrão contornando os campos, em direcção a Vila Cova. Paisagem bucólica e rural. Seguidamente entramos num bosque, num caminho sempre a subir. Começaram aqui os nossos trabalhos.
Pelo bosque subimos e transpiramos em direcção a Fuste. Chegados a uma estrada asfaltada, junto a uma escola primária, notamos os primeiros indícios de fome. Eram 11h da manhã e estávamos em Fuste. Caminhamos um pouco e resolvemos almoçar. Nem sequer faltou o traçadinho da praxe.
Recomeçado o trajecto, seguimos por bosque, sempre a subir, até um sinal de desvio que nos enviou, finalmente a descer, em direcção a Espinheiro.
Neste trilho surgiu-nos um novo episódio. Desta feita um ribeiro com cerca de 3 metros de largura sem nenhum ponto para o atravessarmos. Tivemos que pôr mão à obra e arranjar pedras suficientemente grandes para podermos pisá-las e, deste modo, atravessar sem molhar os pés. Ultrapassado este obstáculo, seguimos até à estrada que liga Espinheiro a Adaúfe, atravessamo-la e seguimos até um local onde encontramos um moinho e algo totalmente inesperado naquele lugar ermo: uma lápide tumular.
Este caminho levou-nos até Bustelo, local onde todos os cães daquelas paragens nos ladraram e tentaram morder. Daqui seguimos até outra estrada asfaltada que logo abandonamos, seguindo por trilho florestal até à igreja de Moldes.
Dois pormenores: o tamanho enorme da igreja de Moldes, desproporcionado para o tamanho da terra, e o facto de o meu GPS dar a indicação de 9.6 km, quando os organizadores do percurso indicam 13km. Não creio que o GPS se tenha enganado…
Neste mesmo dia fomos visitar a santuário da Sra da Mó, local com uma paisagem fantástica, como sempre acontece nestes pontos, permitindo uma vista geral sobre Arouca. Fomos também procurar a Geocache “The Lost Nazi Mine” perto de Rio de Frades. Esta era uma mina de volfrâmio explorada por alemães durante a 2ª Guerra Mundial. Apesar de não termos encontrado a cache não demos o tempo como perdido, pois a visita às ruínas das instalações do pessoal da Mina é irreal. Uma capela intacta com tudo muito degradado, instalações junto a um precipício com grandes buracos nas paredes, as casas do pessoal, tudo num vale estreito onde o rio passa lá no fundo descrevendo um meandro é algo de irreal que provoca uma leve vertigem ao visitante incauto. Com certeza irei visitar novamente este local quando houver nova oportunidade.

Gerês - Travessia Portela do Homem a Pitões das Júnias

Travessia do Gerês






Portela do Homem – Pitões das Júnias (via Sul)




8 e 9 de Setembro de 2007




Caminheiros:

Jorge Pereira

Jorge Moura

Jorge Rocha

Jorge Teixeira




O dia começou com encontro na casa do Jorge Rocha às 6:30h, hora a que ele se levantou. Chegamos ao Gerês às 8:20h.



Já tinha sido marcado encontro com o taxista, para nos levar à Portela do Homem. Uma pequena demora para estacionar o carro, comprar pão e tomar café exasperou o taxista que alegava ter um serviço para as 9:15h.

Arranque da aventura na ponte sobre o rio Homem às 9:20h. Caminhada sem novidades em especial até à ponte das Abrótegas. Pelo caminho conversamos um pouco com um casal espanhol, pelos vistos já versados no montanhismo.
Chegados à ponte das Abrótegas cerca das 11:30h, parámos para decidir o caminho a tomar.



Arrancamos para avançar pelo vale do Barroco de Trás da Pala e, desta forma, chegar ao vale do Corgo da Lamalonga. Neste ponto tivemos uma perspectiva diferente das minas dos Carris: desde baixo. O vale do Salto do Lobo é majestoso. Aqui paramos para almoçar num pequeno prado com uma cabana de pastor. Eram 13:15h.

Terminado o almoço, avançamos para uma pequena elevação, à esquerda do pico da Matança que nos permitiu uma vista fantástica sobre o vale da Ribeira das Negras. Deste ponto avistamos um pequeno trilho de pé posto que nos levaria até à próxima elevação de onde poderemos avistar o pico do Compadre e, mais ao longe na mesma linha de visão, o Alto de Bezerral e o majestoso maciço Cornos de Candelas. Ao fundo, no vale que se nos deparava, corria o Ribeiro da Biduiça, onde, quando lá chegados, descansamos os pés doridos e enchemos os cantis com uma água cristalina e fresca que caía numa pequena lagoa.
Continuamos a nossa jornada contornando o maciço do Compadre até chegarmos à descida para o vale que nos separava do assustador Cornos de Candelas. Escolhido o percurso, foi com bastante dificuldade que vencemos a vegetação do vale e da encosta até à chagada ao planalto do Alto de Bezerral, a sul do promontório atrás referido. Daqui experimentamos a primeira vista do nosso objectivo, Pitões das Júnias, e do pico de S. João onde, no topo, brilha a pequena capelinha caiada dedicada ao santo do mesmo nome.

Deste ponto continuamos na encosta nascente ao longo da curva de nível, para seguidamente descer ao vale do Corgo do Pala Nova, local onde paramos à sombra de árvores frondosas para descansar e limpar as botas de picos e outros detritos. Eram 18 horas. Indecisos entre ficar e avançar até às 19 horas, optamos por caminhar mais um pouco, uma vez que naquele local havia pouca água, para alcançarmos o Ribeiro de Teixeira no inicio do vale de Voltas do Pala Serra, já muito próximo da capela de S. João. Encontrado um pequeno prado, montamos as tendas para pernoitar. A vista do céu estrelado nessa noite ficará na memória. Fica gravado também o facto de algum gado bovino andar em correrias durante a noite, passando perto das tendas, facto que muito assustou o Jorge Teixeira e o Jorge Rocha.

Nessa manhã acordamos muito cedo e às 8:15h estávamos a caminho novamente.

Atravessado o Ribeiro de Teixeira, atacamos a subida para o pico de S. João, não sem alguns pequenos desentendimentos sobre o percurso a seguir. Desde a capela o panorama é avassalador. A sul vemos a albufeira da Paradela quase vazia. A nascente avistamos Pitões a estender-se preguiçosamente na encosta. A norte e poente podem-se contemplar as fragas majestosas e escarpadas do maciço do Gerês. Ainda tivemos tempo para procurar uma cache.

A partir daqui, encontrado o trilho que nos leva a Pitões, seguimos com algumas dores nos pés e em luta constante com moscas e mosquitos que nos incomodaram até ao destino final, onde nos regalamos com uma deliciosa posta barrosã e um bom verdasco a acompanhar.


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