terça-feira, 28 de outubro de 2008

Passeio BTT no Marão

Distância percorrida: 78,3 km
Acumulado: 2013 m
Dificuldade técnica: fácil
Dificuldade física: moderado e elevado em alguns pontos


Mais um passeio para não esquecer... e repetir. Encontramo-nos no ponto habitual, na confeitaria Vasco da Gama em Baguim, perto do Alto da Serra. Carros ao caminho, seguimos, emocionados, rumo a mais um dia de BTT daqueles que nos fazem sentir satisfeitos connosco, com a bicicleta, com a natureza, tempo, tudo...

Chegados a Amarante, rumamos em direcção ao parque de campismo, ponto de partida para o nosso passeio. Ponto estratégico, pois permite acesso a um banho quentinho à chegada.
No inicio rolamos alguns quilometros em alcatrão para seguidamente dar lugar à terra, piso de eleição das nossas "meninas". Quase sempre a subir, os primeiros 45 km apresentam-nos uma panóplia de paisagens tão tipicas do nosso Marão: desde áreas verdejantes com pequenos regatos até às imponentes vistas de largos horizontes das penedias e vales profundos desta belíssima serra. Ficou-me na memória um ponto em especial, o Parque de Lazer da Lameira, local com algumas mesas para pic-nic, muito disfarçado no ambiente circundante e muito belo. Aproveitamos para almoçar neste local aprasivel.

Acabada a merenda, retomamos o trilho rumo à Pousada do Marão, ponto onde rumamos para o Alto de Espinho pela EN15. Deste ponto iniciamos a parte de longe mais dura do passeio. dirigimo-nos, pois, para as Antenas do Marão. Em alcatrão, mas com uma pendente bastante acentuada. Chegados ao objectivo, detivemo-nos algum tempo a contemplar a vista deslumbrante que o tempo aprasível nos proporcionou.

De novo nas nossas montadas, iniciamos a segunda parte do percurso, ou seja, a descida para o ponto de partida. Exceptuando algumas pequenas subidas, foram mais de 30 km a descer e a adrenalina a subir.

Chegados ao ponto de partida, tomamos um revigorante banho nos balneareos do parque de campismo e regressamos ao Porto, felizes por termos terminado mais um dia idilico neste desporto que tanto nos faz felizes. Para repetir.



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Perfil de altitudes do percurso






















A tropa toda nas antenas






















quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Caminhos de Santiago 2008

Distancia total: 256 km (valores do GPS)
- 1ª Etapa: 100 km
- 2ª Etapa: 89,3 km
- 3ª Etapa: 66.8
Grau de dificuldade: moderado. Elevado em alguns troços desde Ponte de Lima até à fronteira. Necessária boa preparação fisica prévia.

Data: 22 a 24 de Maio de 2008

Primeira Etapa: Porto - Ponte de Lima (via Braga)

Conforme combinado, encontramo-nos às
7:30h no pavilhão multiusos de Gondomar.O tempo estava inseguro nessa manhã.
O grupo era enorme: cerca de 40 elementos! Pouco passava das 8:00h quando, após a foto da praxe, foi dado o sinal de arranque em direcção à Sé do Porto, local onde seria celebrada uma missa para benção da nossa peregrinação. Carimbamos as credenciais na sacristia e arrancámos rumo a Santiago de Compostela. É impossivel descrever a emoção sentida na primeira vez que se faz este percurso. Algumas confusões iniciais, furos, pessoal perdido, pautaram a nossa passagem na Cidade Invicta para logo nos organizarmos e seguirmos o nosso caminho.
A meio da manhã começou a chover, situação que se viria a manter ininterrupta até à chegada a Ponte de Lima.
Um episódio rocambolesco, daqueles que não lembram ao diabo, ocorreu antes de chegarmos a Braga (não me lembro onde), felizmente sem danos fisicos para os intervenientes: numa rua estreita numa pequena povoação, um cavalo estava a ser levado à mão pelo tratador quando um colega, num lampejo de insensatez, se lembrou de dar uma sapatada ao animal! Assustado, o cavalo coloca-se em posição e dá um coice monumental no desgaçado que seguia atrás. Por um triz não lhe acertou numa perna, acertando apenas na roda de trás da bike (umas Crossmax SLR!!!), empenando-a totalmente. Pontapé aqui, murro ali, lá conseguimos desempenar a roda e seguir. Essas rodas chegaram a Santiago...
Antes de Braga, o caminho é bastante acidentado, com subidas horriveis, mas curtas.
Sem mais nada de memorável a assinalar, chegamos a Ponte de Lima sob chuva torrencial. Enquanto esperavamos pelo restante grupo, ainda fomos beber um finito numa esplanada, pois a chuva já não nos afectava e a quantidade de lama que nos cobria inviabilizava qualquer tentativa de entrar num café.
Após o jantar tivemos alguns momentos de saudável convivio numa tasquinha local. Momentos para recordar...

Segunda Etapa: Ponte de Lima - Pontevedra

Demos inicio à segunda etapa em condições húmidas e frias... Chuva para variar. A saida de Ponte de Lima é tenebrosa. O caminho segue ao longo de um curso de água que nos encharcou da cabeça aos pés. Foram vários os mergulhadores que foram fazer uma visita aos peixes...

Depois deste "pincel" seguimos mais um pouco para alcançarmos uma "parede" horrivel, onde tivemos que levar as bikes às costas durante alguns quilómetros. Depois disto uma descida impossivel. A lama era tanta em todo estes caminhos, que os calços dos travões desapareciam como que por magia. Tasca em que parássemos era tasca coberta de lama.

Pela hora do almoço chegamos a Valença, marco psicológico. Aqui tive a surpresa de encontrar um velho amigo, o David, que já não via há anos. Inacreditavelmente também ia de bike para Santiago...

Entrados em Espanha, Tuy marcou uma mudança de tempo, tendo podido gozar de sol pelo resto da jornada. Demoramos imenso tempo com o ritmo de passeio imposto e nas tascas a comer bocadillos com umas cañas à maneira. Chegamos Pontevedra às 20:00h.

Nessa noite constatamos a vivacidade da noite em Pontevedra e as suas chicas muy guapas.

Terceira Etapa: Pontevedra - Santiago de Compostela

Mais uma vez chuva torrencial. Desta vez até Santiago. Uma miscelania de chuva, lama e frio durante todo o caminho.

Logo no inicio deparamos com um grupo de Amarante que nos acompanhou durante algum tempo. Dois dedos de conversa é há que parar para marcar o ponto na primeira tasca. Bocadilho e caña. Novo arranque, desta vez a um ritmo alucinante, passagem num singletrack de doidos, rumo a nova tasca. Três bocadillos e três copitos de vinho tinto retemperaram as forças e a temperatura corporal.

Daqui seguimos ao mesmo ritmo, sem parar, até Santiago. Após algumas curvas nas ruelas estreitas, chegamos finalmente à praça em frente à majestosa catedral. Foi a recompensa final destes três dias de mau tempo e das fadigas do caminho. A alegria foi imensa e tivemos finalmente a sensação do dever cumprido.

Banho tomado num albegue local, jantamos, e às 21:00h arrancamos de regresso ao Porto, levando na mente as memórias destes três dias fabulosos e no coração a esperança de voltar novamente no próximo ano.

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Caminho desde o Porto até Santiago de Compostela









Perfil de altimetria da totalidade do percurso




















O artista frente à catedral de Santiago
















Parte do grupo frente à sé do Porto



Totalidade dos quilómetros marcados no computador da bike.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Gerês - Rocalva

Cartas militares: 31 e 44 
Distância percorrida: 18.9 km 
Duração: cerca de 8 horas
Nível de dificuldade: fácil / moderado

Desta foi de vez. Um projecto ambicionado há já algum tempo, o de ir até à Rocalva e Roca Negra, foi finalmente alcançado, desta feita, e novamente, na companhia do grupo naturezas.com. Encontramo-nos no local combinado às 7h, mais uma vez pontualmente. Às 8:30h estavamos a caminhar.  O ideal para um dia que se previa longo.
Estacionados os automóveis junto à Cascata do Arado, iniciamos o percurso por um estradão largo, em direcção ao Curro da Tribela. Até este ponto a paisagem é predominantemente verde e arborizada. O Sol vespertino projectava longas sombras, emprestando um ambiente calmo e suave nas áreas de maior arvoredo.
Chegados ao Curro da Tribela, imperava atravessar o vale do rio Conho, o que se fez pela Ponte de Servas, para seguidamente alcançarmos o Curral de Pinhô. Este ponto marcou o inicio da subida que viria a culminar apenas no pico do Borrageiro e o final da área arvorizada, revelando uma zona dominada por penedias imponentes e mato rasteiro. A partir daqui começamos a seguir o percurso pelas omnipresentes Mariolas, ajuda imprescindivel para pastores e viajantes em tempos idos. No percurso até à Rocalva, todo ele muito cénico, há a destacar o vale do Rio Laço, comprido e arrendondado, fazendo lembrar um vale glaciar, e ao longe as Sombrosas. 
Parámos para comer à sombra da Rocalva, penedo majestoso que viria a baptizar esta incursão por terras do Gerês.
Reconfortados por este merecido descanso, avançamos mais para norte até perto do prado do Conho. Daqui inflectimos para sudoeste, avançamos pela Lomba do Pau até à Chã da Fonte, ponto onde viramos para subir ao Borrageiro para a foto de família e a panorâmica que poderão ser vistas em naturezas.com. 
Aqui começa uma nova fase do percurso; a difícil descida até ao Curral do Camalhão, seguida do percorrer do vale até ao vale do Teixeira, local onde encontramos um prado magnífico banhado pelo rio do mesmo nome com as suas piscinas naturais de água cristalina. Idílico. 
Daqui avançamos até alcançarmos novamente a cascata do Arado após mais uma ardua descida. 
No final restou-nos a sensação de mais um dia bem passado e em excelente companhia, requesito necessário para estas lides montanheiras. Nem tampouco as dores nos pés nos fizeram esmorecer a alegria de conhecer um dos percursos mais belos do nosso querido Gerês.

Até à próxima caminhada.

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segunda-feira, 7 de abril de 2008

BTT - Serra da Freita (Sra Lage) / Gondomar

Distância: 65, 24 km
Dificuldade: fácil / moderado para atletas habituados à dureza do btt.
A realçar a belaza cénica do trajecto.

Mais um dia bem passado no btt.
O dia teve inicio junto à Gondobike, às 7:00h, onde nos aguardava um mini-autocarro e um camião para transportar as bikes até à Serra de Freita. A viagem até ao inicio deste passeio durou cerca de 1h 30min e ficou memorável pela boa disposição do grupo.

Chegados à Sra da Lage, após a foto do grupo, demos inicio a este passeio com uma descida alucinante. Para aquecer. Eram 9:00h. Algumas quedas depois, ao quilómetro 21 tivemos o primeiro reforço alimentar. A segunda parte do percurso decorreu sem nada a salientar: quedas sempre simpáticas para fazer rir o pessoal (uma cortesia dos intervenientes), furos, subidas tipo parede, embates contra motorizadas (não foi Rui?), pessoal perdido (há que ficar junto ao grupo), empenos dos menos bem preparados, enfim, todas aquelas coisas que condimentam estes convívios.
Após a chegada à barragem de Crestuma veio a parte mais esperada: o almoço. Ditos espirituosos, alguns brindes e muito boa disposição coroaram de alegria este repasto. Terminado que foi há que pegar novamente nas meninas (ui que agora custa!...) e completar o resto do caminho até casa (excepto alguns batoteiros que telefonaram às mulheres para os irem buscar...)

Em suma, mais um dia em beleza, com o tempo a ajudar. Esperemos que estes dias se repitam mais vezes. Até lá boas pedaladas a todos.

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terça-feira, 18 de março de 2008

Gerês - São Lourenço

Distancia percorrida: 13 km
Carta Militar nº 44
Dificuldade fácil / moderado
Duração: cerca de 3:30h

Mais uma caminhada no Gerês. Desta vez acompanhamos o grupo Naturezas.com por terras do monte de São Lourenço, perto de Cabril. Foi com grande satisfação que acompanhei um grupo tão jovial e com tão grande sentido de respeito e admiração pela natureza. 
Combinamos encontrar-nos às 7:00h em Braga, hora exacta à qual nos encontramos todos, sem qualquer atraso. A primeira nota de excelência para quem dá valor à pontualidade.
Chegados a São Lourenço demos, pois inicio à caminhada. Ao fim de alguns minutos começou a chover, situação que haveria de durar até perto do almoço. Vestimos então os imperméaveis. Todos excepto o Hélder, pois não o levou. Por decisão do grupo voltamos atrás pois o Silva tinha um suplente. 
De novo a caminho e vencidas algumas desorientações, subimos até ao alto do Chelo. Aqui, devido ao nevoeiro que se fazia sentir, não foi possivel apreciar a paisagem nem fazer a foto panorâmica para o site naturezas.com. Daqui descemos até à aldeia de Chelo seguindo a encosta poente do monte que nomeou esta caminhada. Daqui vislumbramos as encostas imponentes do maciço do Gerês.
De Chelo subimos para o Alto da Tojeira e seguimos até Encruzilhada, perto de Xertelo, ponto onde parámos para uma frugal refeição e um pequeno descanço. Este ponto marcou a inflexão do percurso e o inicio do regresso, desta vez pela encosta nascente. Daqui gozámos de uma esplendida vista sobre o vale do Rio Cávado. Um trilho estreito percorrendo um belo bosque levou-nos até ao santuário da Sra das Neves.
Um pouco antes do santuário trocamos algumas palavras com um pastor de 82 anos que irradiava saúde e alegria de viver. Era o "Lourenço de São Lourenço" como ele se intitulou.
Do santuário foi só seguir pela estrada de alcatrão até aos carros, sempre em amena cavaqueira. Daqui seguimos para Fafião para comermos um arroz de cabidela sem ser de cabidela. O verdasco também era jeitoso...
Bem hajam todos os elementos do grupo naturezas.com e espero fazer mais caminhadas na sua companhia.

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domingo, 24 de fevereiro de 2008

BTT Esposende

Percurso efectuado em 23 Fevereiro 2008

Distancia total: 52 km
Grau de dificuldade: médio / elevado devido principalmente ao piso pedregoso.
Cartas Militares: 54, 55 e 68.

Desta feita saímos para Esposende para mais um dia de dureza no BTT. Fizemos um percurso muito bonito, embora com um grau de dificuldade relativamente elevado devido principalmente ao piso muito pedregoso e cheio de ramos de árvores, o que o torna também um pouco perigoso.

O percurso teve o seu ponto mais longínquo e mais elevado numa capela dedicada a S. Vicente, ponto do qual usufruímos de uma vista magnífica sobre a planície que se estende da fralda do serra onde estávamos até ao mar. Daqui foi descer durante alguns quilómetros, o que deu para subir o nível de adrenalina em todos nós. Ponto memorável foi um esplêndido single track junto ao rio Neiva que termina num pequeno dique com antigos moinhos e pontes muito estreitas sem muros. Simplesmente lindo.
Daqui a caravana seguiu até Esposende atravessando pequenos povoados, sempre acompanhada de ditos espirituosos e brincadeiras, o que torna estes convívios ainda mais agradáveis.

No final, após um reconfortante banho no balneário das piscinas municipais, fomos comer uma valente posta, acompanhada com um tinto à maneira, com moderação pois era preciso regressar ao Porto. Foi o descanso e a recompensa dos guerreiros. Serviu também de "treino" para a peregrinação a Santiago de Compostela, agendada para 22 de Maio.

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Passeio BTT no Gerês

Feito em 9 Fevereiro 2008.

Participaram os elementos do grupo dos Mau-Maus numa extensão total de 58 km e 15 bicicletas.

Vencidas as confusões da praxe e chegados que fomos ao parque de campismo da Cerdeira em Campo do Gerês, finalmente conseguimos arrancar. Eram 11h...
O Percurso é o mais conhecido na zona: Campo do Gerês, mata da Albergaria, Portela do Homem. Regresso para portela de Leonte e descida para a vila do Gerês (cuidado com as curvas Ferraz!). Daqui subimos penosamente até à Pedra Bela onde comemos um pouco do nosso farnel. A vista deste ponto é gloriosa, principalmente num brilhante dia de Inverno como este.

Daqui avançamos para Ermida onde paramos para um café. Continuamos a descida até à albufeira da Caniçada onde demos inicio à parte mais dura do percurso: subimos 500 m de altitude em 6 km de extensão pelo vale de São Bento da Porta Aberta até à Calcedónia. Aconselhado apenas a quem estiver em excelente forma física.

Deste ponto foi só descer até ao ponto de inicio deste dia bem passado.

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Gerês - Trilho do Borrageiro

Demos inicio a este percurso junto à ponte que marca o inicio do trilho para as minas dos Carris, perto da Portela do Homem. Foram duas horas infindáveis até ao ponto que marca o inicio da parte mais interessante do percurso: a saida do trilho e inicio da descida para as minas do Borrageiro.
Esta descida apresenta um cenário magnifico da Serra do Gerês, com vales profundos e montanhas majestosas. Ao fundo, a sul, vislumbramos a albufeira da Paradela.

Chegados às minas do Borrageiro, ainda pensamos ir às lagoas do Marinho. Esta visita ficou para outra altura, uma vez que o grupo decidiu partir para os Prados da Messe e pernoitar na cabana de pastores aí existente.

Ficamos um pouco desiludidos com a dimensão das minas do Borrageiro. Apenas existem meia dúzia de casas bastante arruinadas. Além do que para lá chegar tivemos que vencer uma subida muito difícil.

O percurso desde as minas até aos Prados da Messe é relativamente plano.

Chegamos aos Prados às 20h. Foram quase 10h de caminhada. Montamos as coisas na cabana de pastor e lá pernoitamos. Sorte a mossa termos chegado à cabana, pois choveu torrencialmente durante toda a noite.

No dia seguinte apenas tivemos que subir ao Lombo do Burro e Iniciar a descida na Costa da Sabrosa.

Foi um fim de semana em grande. São momentos como este que nos motivam e nos fazem pensar que A VIDA É BELA.

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Gerês - Trilho dos Prados

Trilho dos Prados


Percorrido em 10 e 11 Março de 2007

Caminheiros: Jorge Pereira, Jorge Rocha, Jorge Teixeira e Henrique.

Este percurso apresenta um grau de dificuldade elevada até à Chã da Fonte, ou seja, os primeiros 3,5 km. Daí a progressão é bastante simples: Prados do Conho até aos Prados da Messe.


Neste prado idilico optamos por pernoitar na cabana de pastores existente, a qual se apresenta em excelentes condições.

Daqui subimos ao Lombo do Burro, iniciando a descida em forte declive até aos Prados Caveiros, seguidos da Costa da Sabrosa.

Um percurso idílico
que pode ser feito num dia para quem estiver em boa forma.

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Freita - Caminhos do Sol Nascente

Efectuado em 10 de Fevereiro de 2007-02-11

Extensão: perto de 10 km

Após algumas peripécias do costume entre vai e não vai, decidimos, eu e o Jorge Teixeira, avançar sozinhos para o percurso. Algumas dúvidas nos assaltaram quando na véspera o tempo se apresentou extremamente chuvoso e com ventos bastante fortes. A perspectiva não era muito animadora. Porém, por vezes a sorte protege os audazes e no dia da caminhada esteve um tempo muito bom durante todo o percurso.
A partida foi dada junto à igreja paroquial de Moldes às 9:30h. O sol da manhã emprestava uma tonalidade aveludada ao verde dos campos em redor da localidade. Ao longe, no cimo das montanhas, os aerogeradores giravam ininterruptamente na sua interminável vigília. No início do percurso duas setas de sinalização davam-nos a hipótese de avançar no sentido horário, via Friães, ou no sentido anti-horário, via Bustelo. Optamos, pois, pelo errado, ou seja pelo sentido horário. Por este sentido a caminhada é bastante violenta, apresentando várias subidas muito íngremes e quase sem descidas. Obviamente se tivéssemos optado pelo contrário desceríamos muito em vez de subir.
Avançamos, pois, em direcção a Friães, determinados em encontrar lá um café para aquecer. Não encontramos. Esta situação viria a repetir-se em todas as aldeias onde passamos. É o verdadeiro Portugal rural. Este percurso, constatamos posteriormente, é essencialmente rural, ao contrário do que esperávamos. As nossas expectativas iam de encontro a um passeio verdadeiramente natural, agreste, cheio de ravinas e penedos altaneiros, tão típicos na Serra da Freita. Porém não ficamos desiludidos pois o país rural tem uma beleza que lhe é muito própria e digno de visitar.
Passadas Friães e Póvoa encontramos uma situação digna de nota. Ao chegarmos ao extremo de um vale cultivado, após o termos contornado, deparou-se-nos uma linha de água que deveria ser atravessada. Existe lá uma ponte de pedra que desde tempos imemoriais tem permitido a travessia das populações de Póvoa para os campos. Com as chuvadas do final de 2006 esta ruiu parcialmente. O Jorge Teixeira foi o mais corajoso e avançou em primeiro lugar. É que aquilo não tinha lá grande aspecto… Uma velhota que estava no local disse que agora fazem uma volta enorme para ir para Póvoa.
Avançamos por estrada de alcatrão contornando os campos, em direcção a Vila Cova. Paisagem bucólica e rural. Seguidamente entramos num bosque, num caminho sempre a subir. Começaram aqui os nossos trabalhos.
Pelo bosque subimos e transpiramos em direcção a Fuste. Chegados a uma estrada asfaltada, junto a uma escola primária, notamos os primeiros indícios de fome. Eram 11h da manhã e estávamos em Fuste. Caminhamos um pouco e resolvemos almoçar. Nem sequer faltou o traçadinho da praxe.
Recomeçado o trajecto, seguimos por bosque, sempre a subir, até um sinal de desvio que nos enviou, finalmente a descer, em direcção a Espinheiro.
Neste trilho surgiu-nos um novo episódio. Desta feita um ribeiro com cerca de 3 metros de largura sem nenhum ponto para o atravessarmos. Tivemos que pôr mão à obra e arranjar pedras suficientemente grandes para podermos pisá-las e, deste modo, atravessar sem molhar os pés. Ultrapassado este obstáculo, seguimos até à estrada que liga Espinheiro a Adaúfe, atravessamo-la e seguimos até um local onde encontramos um moinho e algo totalmente inesperado naquele lugar ermo: uma lápide tumular.
Este caminho levou-nos até Bustelo, local onde todos os cães daquelas paragens nos ladraram e tentaram morder. Daqui seguimos até outra estrada asfaltada que logo abandonamos, seguindo por trilho florestal até à igreja de Moldes.
Dois pormenores: o tamanho enorme da igreja de Moldes, desproporcionado para o tamanho da terra, e o facto de o meu GPS dar a indicação de 9.6 km, quando os organizadores do percurso indicam 13km. Não creio que o GPS se tenha enganado…
Neste mesmo dia fomos visitar a santuário da Sra da Mó, local com uma paisagem fantástica, como sempre acontece nestes pontos, permitindo uma vista geral sobre Arouca. Fomos também procurar a Geocache “The Lost Nazi Mine” perto de Rio de Frades. Esta era uma mina de volfrâmio explorada por alemães durante a 2ª Guerra Mundial. Apesar de não termos encontrado a cache não demos o tempo como perdido, pois a visita às ruínas das instalações do pessoal da Mina é irreal. Uma capela intacta com tudo muito degradado, instalações junto a um precipício com grandes buracos nas paredes, as casas do pessoal, tudo num vale estreito onde o rio passa lá no fundo descrevendo um meandro é algo de irreal que provoca uma leve vertigem ao visitante incauto. Com certeza irei visitar novamente este local quando houver nova oportunidade.

Gerês - Travessia Portela do Homem a Pitões das Júnias

Travessia do Gerês






Portela do Homem – Pitões das Júnias (via Sul)




8 e 9 de Setembro de 2007




Caminheiros:

Jorge Pereira

Jorge Moura

Jorge Rocha

Jorge Teixeira




O dia começou com encontro na casa do Jorge Rocha às 6:30h, hora a que ele se levantou. Chegamos ao Gerês às 8:20h.



Já tinha sido marcado encontro com o taxista, para nos levar à Portela do Homem. Uma pequena demora para estacionar o carro, comprar pão e tomar café exasperou o taxista que alegava ter um serviço para as 9:15h.

Arranque da aventura na ponte sobre o rio Homem às 9:20h. Caminhada sem novidades em especial até à ponte das Abrótegas. Pelo caminho conversamos um pouco com um casal espanhol, pelos vistos já versados no montanhismo.
Chegados à ponte das Abrótegas cerca das 11:30h, parámos para decidir o caminho a tomar.



Arrancamos para avançar pelo vale do Barroco de Trás da Pala e, desta forma, chegar ao vale do Corgo da Lamalonga. Neste ponto tivemos uma perspectiva diferente das minas dos Carris: desde baixo. O vale do Salto do Lobo é majestoso. Aqui paramos para almoçar num pequeno prado com uma cabana de pastor. Eram 13:15h.

Terminado o almoço, avançamos para uma pequena elevação, à esquerda do pico da Matança que nos permitiu uma vista fantástica sobre o vale da Ribeira das Negras. Deste ponto avistamos um pequeno trilho de pé posto que nos levaria até à próxima elevação de onde poderemos avistar o pico do Compadre e, mais ao longe na mesma linha de visão, o Alto de Bezerral e o majestoso maciço Cornos de Candelas. Ao fundo, no vale que se nos deparava, corria o Ribeiro da Biduiça, onde, quando lá chegados, descansamos os pés doridos e enchemos os cantis com uma água cristalina e fresca que caía numa pequena lagoa.
Continuamos a nossa jornada contornando o maciço do Compadre até chegarmos à descida para o vale que nos separava do assustador Cornos de Candelas. Escolhido o percurso, foi com bastante dificuldade que vencemos a vegetação do vale e da encosta até à chagada ao planalto do Alto de Bezerral, a sul do promontório atrás referido. Daqui experimentamos a primeira vista do nosso objectivo, Pitões das Júnias, e do pico de S. João onde, no topo, brilha a pequena capelinha caiada dedicada ao santo do mesmo nome.

Deste ponto continuamos na encosta nascente ao longo da curva de nível, para seguidamente descer ao vale do Corgo do Pala Nova, local onde paramos à sombra de árvores frondosas para descansar e limpar as botas de picos e outros detritos. Eram 18 horas. Indecisos entre ficar e avançar até às 19 horas, optamos por caminhar mais um pouco, uma vez que naquele local havia pouca água, para alcançarmos o Ribeiro de Teixeira no inicio do vale de Voltas do Pala Serra, já muito próximo da capela de S. João. Encontrado um pequeno prado, montamos as tendas para pernoitar. A vista do céu estrelado nessa noite ficará na memória. Fica gravado também o facto de algum gado bovino andar em correrias durante a noite, passando perto das tendas, facto que muito assustou o Jorge Teixeira e o Jorge Rocha.

Nessa manhã acordamos muito cedo e às 8:15h estávamos a caminho novamente.

Atravessado o Ribeiro de Teixeira, atacamos a subida para o pico de S. João, não sem alguns pequenos desentendimentos sobre o percurso a seguir. Desde a capela o panorama é avassalador. A sul vemos a albufeira da Paradela quase vazia. A nascente avistamos Pitões a estender-se preguiçosamente na encosta. A norte e poente podem-se contemplar as fragas majestosas e escarpadas do maciço do Gerês. Ainda tivemos tempo para procurar uma cache.

A partir daqui, encontrado o trilho que nos leva a Pitões, seguimos com algumas dores nos pés e em luta constante com moscas e mosquitos que nos incomodaram até ao destino final, onde nos regalamos com uma deliciosa posta barrosã e um bom verdasco a acompanhar.


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